As 7 chaves da nudez
Sou um jovem estudante de Cabala, estou começando agora nos meus estudos. Para que eu consiga entender melhor tudo isso, eu tive uma ideia.
Vou pegar os conceitos chaves da
sabedoria e tentar entender utilizando as 7 leis Herméticas. Por quê?
Porque quando eu li o livro
chamado “O Caibalion”, eu achei muito interessante sob o ponto de vista
teórico, ou melhor dizendo, no campo das ideias me levou a reflexões sem fim.
Mas, sempre achei decepcionante não conseguir aplicar aquele conhecimento,
entendo hoje que, como não consegui aplicar, é porque não entendi absolutamente
nada.
Por isso, vou tentar seguir essa
linha de estudo em primeira instância como uma oportunidade para que eu possa
entender melhor os conceitos que estou aprendendo em aula com meu instrutor e em
segunda instância como uma oportunidade de entender finalmente o que são as 7
leis. Instâncias e não objetivos.
Além disso, aprendi com minha
terapeuta que preciso ler e escrever sempre com o meu coração. Por isso, vou
tentar me aproximar ao máximo dele pensando em uma linda moça nua de olhos egípcios
enquanto escrevo esse texto.
São apenas notas de estudo e sou um aluno do módulo fundamental, por favor, critique à vontade.
1. Conceito de Percepção da Realidade
Vou começar colocando a bolinha verde como conceito central a ser investigado mediante as 7 leis Herméticas: Percepção da Realidade.
O que entendi como sendo a
percepção da realidade é que basicamente o mundo existe apenas na minha cabeça.
O que faz muito sentido porque
tudo aquilo que achamos que sabemos e que entendemos como real, é só uma interpretação
da realidade criada na nossa cabeça.
Entender isso é, como tudo, uma
faca de dois gumes. O gume legal, que corta os legumes, é que você sente o
potencial divino que existe em você, afinal, se tudo só existe na sua cabeça,
você pode moldar a realidade ao seu entorno da maneira como quiser. Sim, como
quiser; sem bem e mal aqui, entende? Se hoje falam que A é certo e B é errado,
simplesmente dane-se! Está tudo em sua cabeça, você determina aquilo que é
certo ou errado. Na verdade, me recomendaria ir além do bem e do mal.
Agora, o segundo gume da faca, é
a parte que corta o seu dedo. E aí não é tão legal assim, porque é a parte que
você percebe o quão infantil é enfiar os problemas e sofrimentos da sua vida nas
costas dos outros. Percebe que toda vez que você aponta o dedo para o próximo
em tom de julgamento, você está na realidade apontado o dedo para a percepção
que existe do próximo dentro da sua cabeça; em outras palavras, vai perceber
que está só apontado o dedo para si mesmo. E que na realidade, esse próximo que
gera sentimentos primitivos em você é uma das melhores pessoas que poderiam aparecer
na sua vida porque ela está servindo para você como um espelho, é uma oportunidade
de você perceber o lixo de ser humano que você é e não de ficar apontando o
dedo para ele, afinal ele só existe na sua cabeça.
Bom, dado que eu escrevi aqui o
que eu entendi do conceito de percepção da realidade vou tentar agora entender
melhor sob essas 7 chaves.
Gosto de pensar no conhecimento
como uma linda mulher de olhos egípcios nua trancada em uma sala com 7 portas.
Para você apreciar toda a sua beleza, por completo, terá que abrir as 7 portas,
caso o contrário correrá o risco de ver os seios e perder a bunda. Ou seja, legal,
mas triste. Bom, mas, nada demais. Inteligente, mas nada esperto.
Sem julgamentos, por favor, é apenas
uma analogia para ver e perceber a verdade nua e crua.
Ah, claro! E para quem tem preferência
pelo sexo masculino, pode trocar a linda moça por um lindo moço com um belo pênis
e abdômen definido. Funciona do mesmo jeito e dá uma vontade instintiva de dar
uma olhadinha... é só uma espiadinha, qual o problema?
Com isso vou tentar ver todas as
curvas dessa linda mulher ou desse belo homem chamada ou chamado de: Percepção
da Realidade.
Primeira chave: O Princípio do Mentalismo.
“O TODO É MENTE; O Universo é
Mental”.
Só isso me parece que ele está
falando exatamente o que já falamos, ou seja, toda a realidade está manifestada
na nossa mente.
É como se o mundo “real” fosse
apenas uma consequência desse mundo mental. É como se fosse a ação de fazer. É
como o seu braço que dobra porque tem uma inteligência por trás que faz ele
dobrar. Ou seja, esse mundo que tocamos é apenas uma ilusão porque não tocamos,
sentimos.
Aqui dá para pensar no Platão no Mito
da Caverna ou no filme do Matrix. O princípio do mentalismo para a percepção da
realidade me pareceu bastante metalinguístico.
Já vejo os belos seios dessa bela
moça egípcia.
Segunda chave: O Princípio da Correspondência.
“Como acima, assim abaixo;
como abaixo, assim acima”.
Dado que a realidade só é aquilo
que percebemos e se deixamos de perceber deixamos de viver, entendo aqui que
para seguir um fluxo contínuo e infinito é preciso parar de concluir, ou seja,
é preciso parar de achar que vamos entender o Todo como algo separado de nós,
ou seja, é preciso entender que na medida em que entendemos, Ele entende.
E que a nossa percepção de
realidade é um efeito correspondente a uma causa inicial já pré-estabelecida
(como acima, assim abaixo), mas que se manifesta em termos de continuidade e
não de fim (como abaixo, assim acima).
Agora acho que acabei de ver como
os cabelos da linda moça escorrem pela sua orelha como um rio lento e
harmonioso, combinado com a visão de seus seios pelo lado e já um deslumbre de sua
bunda e tudo o que penso agora é: como será essa bunda?
Terceira chave: O Princípio da Vibração.
“Nada está parado; tudo se move;
tudo vibra”.
O Tudo vibra (onde estamos,
inclusive o mundo espiritual).
O Nada não vibra, ele está em
repouso.
Entendo aqui a percepção da
realidade vai se dar em diferentes camadas a partir da minha vibração, para que
eu consiga reverberar com o todo.
É como se eu fosse um bloco de
gelo no micro-ondas: como a minha frequência de onda enquanto gelo é diferente
da emitida pelo micro-ondas, ele é incapaz de me afetar; mas caso eu vire água,
ao adentrar no micro-ondas ele vai me esquentar porque temos a mesma frequência
de onda.
Ou seja, eu vou perceber a realidade
ao meu redor conforme a minha frequência vibratória. Se eu quiser perceber o
caos absoluto, basta eu ser o caos absoluto, se eu quiser perceber a ordem
absoluta basta eu ser a ordem absoluta. Eu percebo o Tudo mediante as vibrações
que eu escolho ter.
Muito legal esse aqui, me lembra
muito os Kardecistas.
Bom, agora sim, eu já vejo parte
da bunda da bela moça e realmente é incrível, vejo como a cintura dela se forma,
mas ainda assim, não sei ao certo como se forma junto a sua bunda. Preciso ir
adiante!
Quarta chave: O Princípio da Polaridade
“Tudo é Dual; tudo tem polos;
tudo tem seu par oposto; o igual e o desigual são os mesmos; os opostos são idênticos
na natureza; mas em grau diferente; extremos se encontram; todas as Verdades
são meia Verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados”.
Está explicando o conceito de complementar
aqui. É a ideia, que os cabalistas falam, de que o criador só existe porque nós
(criaturas) existimos, afinal se não existir criador, não existe criatura e se
não existe criatura, não existe criador. Eu entendi isso primeiro pensando no Norte
e no Sul. Então, resumindo: percebemos a realidade em oposição ao Criador.
Por isso, somos receptores e o
criador doador. Somos opostos do mesmo, idênticos em natureza, somos iguais ao
criador em destino e desigual em criação, somos extremos que se encontram quando
aprendemos a receber, todas as Verdades são meia Verdades porque sempre seremos
opostos e com isso sempre nos faltará a doação pura, e podemos nos reconciliar
ao passo em que isso deixar de ser um paradoxo e passar a ser um complemento.
Agora sim! Estou vendo essa bela
bunda por completo, ironicamente no polo oposto de onde começamos.
Estou muito feliz com o que vejo,
mas quem garante que a direita não é igual a esquerda? E se ela tiver uma tatuagem
linda no outro braço dela? Não sei, acho que vai ser igual, não sei se vale a
pena continuar. Está bom por aqui, já vi de frente, um dos lados e de trás. Não
quero mais continuar, acho que vou embora. Quero tomar uma coca.
Mas, pensando bem, tem alguma
coisa faltando... eu não sei bem o que é. Preciso seguir, tem algo a mais por
aí!
Quinta chave: O Princípio do Ritmo
“Tudo flui para fora e para
dentro; tudo tem suas marés, todas as coisas sobem e caem; o balançar do pêndulo
se manifesta em tudo; a medida do balanço para a direita é a medida do balanço
para a esquerda; o ritmo é a compensação”
Ironicamente, decidi seguir e a
vida me surpreendeu com a chave do ritmo.
Bom, estou um pouco frustrado
porque talvez a moça vista de esquerda seja só uma compensação da direita. Mas,
pensando bem, por que só?
Interessante pensar em um
universo infinito e sem lados, com movimentos de fora e dentro. Interessante
pensar no porquê os planetas giram e giram. Interessante pensar no dia e na
noite. De fato, há muitas evidências de ritmo, caso o contrário tudo estaria
parado. O que me faz questionar é por que percebemos o ritmo? Por que eu
percebo o dia e depois a noite? Aqui cuidado! Existe uma armadilha vetorial.
Nesse momento estamos analisando a percepção da realidade mediante a chave do
Ritmo e não o oposto, mas já me faz pensar que o oposto também seria possível
em todas as instâncias aqui já analisadas. Mas, voltamos para o sentido da
chave para a porta, da porta para a moça nua.
O princípio do ritmo se dá na
percepção da realidade como infinito. Perceber o ritmo é perceber o infinito.
Porque só é infinito se depois da crista tiver um vale e depois do vale uma
crista. A imagem abaixo explica o que estou entendendo.
Legal, se eu entendi a lição
dessa porta, entendi que é para continuar indo e que talvez isso seja o que alguns
chamam de fé. Seria o ritmo a fé? Acho que sim.
Então tenho fé de que esse seio
direito tenha algo de novo a me apresentar, porque sim estou seguindo, mas até
o momento, a moça vista de direita me parece idêntica a moça vista de esquerda.
Vamos em frente para a sexta e penúltima porta!
Sexta chave: O Princípio da Causa e Efeito
“Toda a causa tem seu efeito,
cada efeito tem sua causa, tudo acontece de acordo com a Lei; o Acaso é apenas
um nome para a Lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, mas nada
escapa da Lei”
A vida é um resultado da criação.
Tudo se iniciou ali e o agora é uma derivação (não pense em tempo aqui) daquela
causa. Com isso, não imagine o acaso como algo fora desse pulso de criação
porque simplesmente você não o perceberia.
Vamos lá.
Sendo você uma criatura, que só é
graças a um criador. Sendo assim, tudo o que você percebe do mundo é resultado
direto dessa criação, tudo o que você percebe do mundo tem como causa o mundo
em si, tem como causa a criação. Não se imagine como alguém que pise no mundo, entenda-se
como parte do mundo (os povos originários desse país já sabiam disso, mas a
gente os matou, e por isso não sabemos mais).
Com isso, entenda que a lei da
causa e efeito se dá na percepção da sua realidade como um efeito que tem como
origem o criador. Ou seja, entender o conceito de percepção da realidade
mediante a perspectiva da causa e efeito é entender que o acaso não existe.
Bom, lindíssimo apreciar a moça
nua desse ângulo, mas ainda assim, lindo igual ao outro ângulo, entendo mais,
mas ainda assim, nada de novo. Bom, já que só falta a última porta, não vou
pensar, vou atravessar direto sem olhar para o abismo que me separa até ela.
Sétima lei: O Princípio do Gênero
“Gênero está em tudo; tudo tem
seu princípio Masculino e Feminino; o gênero se manifesta em todos os planos”.
1 só é 1 quando é 2 e 2 só é 2
quando é 3.
Não é eu, você e Deus. É eu você
e Deus.
Não tem como eu (1) aprender a doar
sem um outro (2) para receber. Ao mesmo tempo que não tem eu e nem o outro sem o
criador (3).
Por isso que eu acho que sempre
gostei muito de triângulos. Gosto de ver eles se formando em tudo, tipo quando
abre o portão de uma casa e forma um triângulo, acho bem massa.
Bom, entendo que o princípio do gênero
se dá na percepção da realidade ao passo em que a realidade só é percebida
enquanto conexão. A realidade só é percebida se o outro te percebe. Quando dois
universos se percebem como 1 é quando entendemos Deus. 1 só é 1 quando é 2 e 2
só é 2 quando é 3.
Vamos lá.
A realidade existe na sua conexão
com o outro. E aqui eu disse a realidade e não a percepção da realidade.
E a sequência dessa realidade se manifesta
no mundo da matéria em diferentes abundâncias e proporções para cada sexo,
garantindo, ou melhor, facilitando a nossa conexão mediante a percepção do
outro como um elemento de doação.
A partir do momento em que você
percebe o outro como uma criatura desejante e merecedora de luz, e sendo assim,
luz à ela você é capaz de transmitir, estabelece-se uma conexão.
A partir do momento em que o
outro também o percebe dessa forma, ele também é capaz de transmitir a mesma
luz para você. Quando os dois conseguirem doar um ao outro de maneira igual,
tem-se 1, tem-se o Criador.
Você não será Deus nunca, jamais,
em hipótese alguma, sem o outro.
Você não será Deus, seremos.
E assim, na sétima porta a linda moça
se virou e me olhou.





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