Uma consequência trágica
Infelizmente hoje, dado o sistema que a gente vive, um trabalho tem função de meio e não de fim. Dado que a classe trabalhadora como um todo, desde o CEO até o peão do chão a fábrica são membros de uma classe explorada pela burguesia, eles estão inseridos em uma lógica individualista, competitiva e de medo. O medo do CEO é perder o status, o poder e o dinheiro para mostrar para os parentes que ele é o mais bem sucedido. Que ele é o maioral. O medo do peão de fábrica é perder a comida no prato. No seu prato e no da sua família. Ambos estão nessa lógica regidos pelo medo. Com isso, nossa relação com trabalho se torna invariavelmente oportunista e o mercado de trabalho nada difere do que é chamado hoje de “guerra de todos contra todos”. É o famoso, antes eu do que você. Antes a sua mãe chorar do que a minha. Antes a sua filha passar fome do que a minha. Afinal sabemos que existe um exército de reserva criado propositalmente como elemento de ameaça para a classe trabalhador...